Atitudes & Negócios por Ronan Mairesse

Será que é só isso?

Será que é só nascer, crescer, estudar, trabalhar, constituir família, prosperar, envelhecer e morrer?

Essa é uma pergunta que me assolava há muitos anos e conheço diversas outras pessoas que não sabem responder para que vieram para essa existência. Não estou falando de exclusivamente espiritismo, catolicismo e budismo, estou falando de propósito de vida, nossa missão existencial que viemos cumprir e assim ajudar o mundo e o todo a progredir.

Outro dia li uma pesquisa que mais de 90% das pessoas no mundo não sabem dizer qual é o seu verdadeiro propósito, por outro lado existe uma fatia bem grande de pessoas que dizem que vieram fazer o bem e uma fatia maior ainda chegando a mais de 50% que parece que estão cegos à realidade, acordam, trabalham, comem, se divertem, fazem sexo e novamente voltam a dormir, ou seja, vivem mas estão dormindo quando o assunto é propósito e evolução. 

Você não precisa ter um grande salário e muito menos estar nos melhores cargos das melhores empresas, desde que você saiba a sua importância para a sociedade e as pessoas ao seu redor. Muitas vezes o propósito de uma mãe e um pai é cuidar bem dos filhos, dar estudo, proteção e carinho, e mais tarde talvez essa criança ou adolescente descubra a cura da AIDS e do câncer. Esse pai e essa mãe, apesar de “abdicarem” da sua evolução intelectual, cumpriram o seu dever de criar um filho ou uma filha que lá na frente vai ajudar o mundo a se livrar dessas doenças. Agora, chamo atenção para aquelas pessoas que não têm filhos, não estudam e muito menos não evoluem espiritualmente, como ficam essas pessoas no mundo?

O escritor israelense Yuval Harari, em seu livro Sapiens, uma breve história da humanidade, diz que na década de 2050 teremos os que serão chamados de “inúteis.” Essas pessoas são justamente aquelas não procuram evolução pessoal e profissional hoje. A tendência que não haverá colocação no mercado devido à complexidade do mundo dos negócios e robotização através da inteligência artificial. Muitas dessas pessoas não pararam para observar as mudanças que estão ocorrendo no mundo e como cada vez mais as pessoas precisam ser especiais para ocupar uma vaga no mercado de trabalho.

A dinâmica nas contratações estão mudando, por um lado os RHs estão também interessados no seu comportamento, ao qual chamamos de SoftSkills na mesma intensidade interessados em seu conhecimento, ao qual chamamos de HardSkills. Comportamentos são adquiridos e aperfeiçoados, desde que a pessoa tenha muita autoconsciência, humildade e disciplina para aprender e aplicar e o conhecimento se adquire estudando, fazendo faculdade, curso livre e até mesmo assistindo vídeos no Youtube. Você tem que pensar que deve mostrar para a empresa que não és um inútil, que tem algo a mais para oferecer a aquela organização.

As empresas querem pessoas que contribuam e não apenas cheguem às oito e saiam às dezoito. Da mesma forma existem pessoas especiais, que muito têm a colaborar com a organização que chegam na hora da entrevista com o máximo de informações daquela empresa e ainda perguntam para o entrevistador: “qual a missão e o propósito da existência da sua empresa no mercado?” Pessoas especiais têm valores fortes, uma missão e visão definidas, não trabalham por dinheiro, dinheiro é uma consequência e as empresas também devem se adaptar para absorver esses profissionais e desenvolvê-los com carinho e responsabilidade.

Portanto, temos que saber o nosso valor e acima de tudo provar que valemos aquilo. A impressora imprime tudo que você colocar no currículo, mas o que é preciso mesmo é se comportar em ressonância com o que está escrito nele. Tenha um propósito, busque a sua missão que assim encontrarás a sua verdadeira felicidade.

Ronan Mairesse

Consultor e Mentor organizacional

A mais de 10 anos ajudando empresas, líderes, atletas, clubes e seleções na busca da excelência!

Instragram: @ronanmairesse

Facebook.com/palestranteronan

Email: ronan@ronanmairesse.com.br

www.blog.ronanmairesse.com.br