Atitudes & Negócios por Ronan Mairesse

Como se proteger das demissões em massa?

Recentemente, vimos a poderosa Americanas ter suas ações reduzidas a pó após a divulgação de um rombo contábil em seus balanço anual. Investidores, acionistas, bancos e principalmente os mais de 40 mil funcionários estão apreensivos quanto ao seu futuro dentro da empresa.

Infelizmente notícias como da recuperação judicial das Americanas serão cada vez mais presentes em nosso dia a dia. O risco de passar por demissão em massa é presente e muito possível em qualquer setor do mercado. Mais quais são as causas desse fenômeno?

Não podemos afirmar que existe uma causa somente. Existem vários fatores que podem levar as empresas a tomarem essa atitude. Vivemos em um mundo dinâmico, globalizado e sensível do ponto de vista econômico, o que faz com que as empresas sejam vulnerárias a qualquer evento não esperado e decisões governamentais.

A pandemia, por exemplo, além de fazer com que a maioria das empresas ficassem economicamente fragilizadas, também prejudicou aquelas que precisavam de insumos vindos de fora. Milhares de profissionais ficavam parados tanto pelo vírus quanto pela falta de matéria-prima para a produção. Sempre digo, se no canal de Suez, um comandante de um nível comete um erro e tranca a passagem, empresas podem quebrar aqui no Brasil e no mundo. 

Um outro ponto são as fusões empresariais. No mundo dos negócios falamos que uma empresa é feita para vendê-la para um grupo maior. Quando existe uma fusão, a organização que compra geralmente demite funcionários da outra com o objetivo de reduzir custos ou mesmo refazer a cultura organizacional desde o zero, já que aqueles que foram “comprados” na fusão, tem na maioria das vezes dificuldade de aceitar a nova realidade. 

Um terceiro ponto são as crises financeiras geradas a partir de erros de gestão. Por incrível que pareça, as margens de lucro de grandes empresas são muito baixas. Isso se deve à grande competitividade. Um dos setores mais importantes dessas empresas é o de compras. Comprar bem é sinônimo de vender bem com preços atrativos ao consumidor.

Da mesma maneira que eu você lutamos pelo menor preço quando compramos um televisor, a empresa briga para comprar pelo menor preço os componentes para a fabricação. Essa nova dinâmica fez com que bancos criassem linhas de créditos super atrativas com juros menores do que se fosse parcelar direto com o fornecedor.

A empresa compra à vista, ganha o lucro e paga juros para o banco. Muitas vezes essas transições são feitas para ganhar um ou um e meio por cento a mais na margem de lucro. Essa operações, apesar de arriscadas, no final do ano aparecem em forma de lucratividade no balanço financeiro, estimulando o mercado e a mais pessoas comprarem suas ações.

O problema é quando uma operação dessas apresenta erros fiscais e contábeis, o prejuízo pode comprometer boa parte do lucro do ano e até mesmo levar a empresa à falência. Ninguém está livre no mercado. O que podemos fazer é estar sempre preparados, atualizados e entregando mais do que esperam da gente. Porque uma coisa é fato, quem dá resultado nunca fica muito tempo parado.

Ronan Mairesse

Consultor e Mentor organizacional

A mais de 10 anos ajudando empresas, líderes, atletas, clubes e seleções na busca da excelência!

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