Meio Ambiente e Sustentabilidade por Márcio Silva do Amaral

Parte 1: Agronomia como aliada da sustentabilidade ambiental e econômica

A agricultura mudou dramaticamente desde o final da Segunda Guerra Mundial. A produtividade de alimentos e fibras aumentou devido a novas tecnologias, mecanização, aumento do uso de produtos químicos, especialização e políticas governamentais que favoreciam a maximização da produção e a redução dos preços dos alimentos.

Essas mudanças permitiram que menos agricultores produzissem mais alimentos e fibras a preços mais baixos.

Embora esses desenvolvimentos tenham tido muitos efeitos positivos e reduzido muitos riscos na agricultura, eles também têm custos significativos. Proeminentes entre eles estão o esgotamento da camada superficial do solo, contaminação do lençol freático, poluição do ar, emissões de gases de efeito estufa, o declínio das fazendas familiares, negligência das condições de vida e de trabalho dos trabalhadores agrícolas, novas ameaças à saúde humana e segurança devido à disseminação de novos patógenos, econômicos concentrações nas indústrias agro-alimentares e desintegração das comunidades rurais.

Um movimento crescente surgiu durante as últimas quatro décadas para questionar a necessidade desses altos custos e para oferecer alternativas inovadoras. Hoje, esse movimento pela agricultura sustentável está ganhando apoio e aceitação cada vez maiores em nossos sistemas de produção de alimentos.

A agricultura sustentável integra três objetivos principais saúde ambiental, lucratividade econômica e igualdade social. Uma variedade de filosofias, políticas e práticas contribuíram para esses objetivos, mas alguns temas e princípios comuns permeiam a maioria das definições de agricultura sustentável.

Sustentabilidade social, econômica e ambiental estão intimamente interligadas e são componentes necessários para uma agricultura verdadeiramente sustentável. Por exemplo, os agricultores que enfrentam a pobreza são frequentemente forçados a minerar recursos naturais como a fertilidade do solo para sobreviver, embora a degradação ambiental possa prejudicar seus meios de subsistência no longo prazo.

Somente com a criação de políticas que integrem interesses sociais, ambientais e econômicos as sociedades podem promover sistemas agrícolas mais sustentáveis.