Na manhã desta sexta-feira, dia 1º de fevereiro, o prefeito de Teutônia, Jonatan Brönstrup, e o secretário de Saúde, Hélio Brandão, estiveram reunidos com o diretor-executivo do Hospital Bruno Born (HBB), Cristiano Dickel. Na oportunidade, foi apresentada a situação da Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) Neonatal e Pediátrica da casa de saúde lajeadense, que atualmente funciona em estrutura mista, isto é, as duas UTIs no mesmo ambiente. Dickel aproveitou a oportunidade para solicitar apoio da Prefeitura de Teutônia e, também, da Associação dos Municípios do Vale do Taquari (Amvat), presidida pelo chefe do Executivo teutoniense.

Atualmente, está em vigor a Portaria Nº 930, de 10 de maio de 2012, que determina que a UTI Neonatal deve ser separada em sua estrutura física da UTI Pediátrica. "Atualmente, temos uma UTI mista, composta por seis leitos de UTI Neonatal, sendo quatro via SUS e dois via convênios, e quatro 4 leitos de UTI Pediátrica, sendo três via SUS e um via convênios, ficando elas em mesmo ambiente físico. Após a publicação da portaria, houve na região um abaixo-assinado promovido pela família de uma criança que acabou ficando internada no HBB durante seis anos", expôs Dickel.

O diretor-executivo acrescentou que o abaixo assinado foi remetido para o Estado e, na época, em meados de 2012 e2013, o Estado abriu um convênio a para a construção de uma nova UTI Pediátrica no HBB, em ambiente separado, no valor aproximado de R$ 2.900.000,00. "Este projeto foi extinto em 30 de setembro de 2016, onde recebemos o comunicado da não construção desta UTI. Após isto, tivemos reunião junto ao Estado, solicitando a eles um parecer a respeito do mesmo, onde foi nos relatado o interesse do Estado para que se mantivesse apenas a UTI Neonatal, neste caso fechando, os quatro leitos de UTI Pediátrica", colocou.

A informação foi submetida à 16ª Coordenadoria Regional de Saúde, que solicitou uma reunião com os secretários de Saúde da região. Na ocasião, foi deliberado que o hospital mantivesse os três leitos pediátricos SUS enquanto não houver uma solução definitiva. E é devido a essa indefinição que a direção do hospital decidiu buscar o apoio das Prefeituras e da Amvat, com o objetivo de interceder, junto ao Estado, soluções para o serviço de UTI na região. Durante a reunião, Dickel ainda apresentou informações sobre o custeio e o custo da UTI Neonatal e Pediátrica, que tem apresentado prejuízo mensal médio de R$ 179.315,88.

O prefeito colocou a Amvat à disposição da casa de saúde e o assunto deve entrar na pauta das próximas reuniões da entidade. Brönstrup também informou que estará solicitando audiência com a secretária estadual de Saúde, Arita Bergmann. "Não podemos ficar na indefinição sobre a UTI Neonatal e Pediátrica, que serve de referência e é de extrema importância para todo o Vale do Taquari. No que estiver no alcance da Amvat, estaremos auxiliando na busca de soluções, principalmente para mantermos a UTI Neonatal e a UTI Pediátrica", frisou.

Brandão também colocou que a Secretaria de Saúde auxiliará no que for possível para que as duas UTIs permaneçam na casa de saúde. "O Hospital Bruno Born é referência no que se refere à UTI Neonatal e Pediátrica e, por isso, somos parceiros para que a estrutura seja mantida. A região não pode ficar desassistida deste serviço, que é de fundamental importância. Muitas vezes já se tem dificuldades de achar leitos de UTI. Então imagina sem essa UTI na região", ressaltou.