Índice Firjan aponta que a Saúde do município é a 41ª melhor do Brasil

19/07/2018

Por Clic Paverama
Em Paverama

A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) divulgou seu Índice de Desenvolvimento Municipal, feito com base em dados do ano de 2016, dos Ministérios da Educação, Saúde e Trabalho e Emprego. De acordo com os indicadores, a Saúde de Paverama é a 41ª melhor do Brasil e a 25ª no estado.

Numa escala de 0 a 1, o município obteve o índice de 0.9671 na Saúde, com base em informações do ano de 2016. O número é o melhor obtido por Paverama desde que o estudo é feito pela Firjan. Os dados da Saúde do primeiro ano de análise da Firjan, por exemplo, com base em informações de 2005, deixavam Paverama com o indicador de 0.7300, ocupando a 1612º posição no país e 340º no Rio Grande do Sul.
O indicador de Saúde leva em consideração dados do Ministério da Saúde, sendo a proporção de atendimento adequado de pré-natal, óbitos por causas mal definidas, óbitos infantis por causas evitáveis e Internação Sensível à Atenção Básica (Isab), que analisa o número total de internações clínicas realizadas para os residentes do município e mede a proporção das internações que poderiam ser evitadas por ações mais qualificadas de cuidado, desenvolvidas em nível de atenção básica à saúde.
Segundo o analista de Estudos Econômicos do Sistema Firjan, Raphael Veríssimo, o crescimento no índice de Saúde de Paverama se deve, principalmente, ao atendimento de pré-natal realizado com as gestantes do município. Em Paverama, 87% das gestantes realizaram 7 consultas durante a gestação, número considerado o adequado pelo Ministério da Saúde. “Paverama está muito acima da média nacional, que é de 66,3%”, explicou o analista. Além disso, a taxa de óbitos por nascidos vivos é de cinco óbitos a cada mil nascidos vivos, sendo que a média nacional é de dez a cada mil. O percentual de internações que poderiam ter sido evitadas por políticas eficazes na saúde básica é de 28,7%. Já a taxa de óbitos por causas mal resolvidas é de 0,5%. “Isto é muito influenciado porque a cidade é pequena. Quando há um número menor de óbitos, se consegue chegar mais à causa destas mortes e se trabalhar políticas públicas direcionadas a estas causas”, explicou Raphael.

Índice de Desenvolvimento Municipal também é o maior já obtido em Paverama:

Além da Saúde, a Firjan leva em consideração indicadores de Educação e Emprego e Renda. Paverama obteve 0.8171 na Educação, considerado pela federação como índice de allto desenvolvimento. Já no Emprego e Renda, o indicador foi de 0.5990, considerado como desenvolvimento regular. A média dos três indicadores analisados pela federação formam o Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM), sendo que Paverama obteve 0.7944 na média, a maior conquistada pelo município desde o início do estudo.

TABELA FIRJAN 02 NET

Dos 100 melhores índices de Saúde do Brasil, 11 estão no Vale:

Além de Paverama, outros 10 municípios do Vale do Taquari obtiveram índices na Saúde que estão entre os 100 melhores do Brasil. Ilópolis, com 4.202 habitantes, é o primeiro colocado em todo o país. Vespasiano Corrêa, com 1.956 pessoas, é o terceiro no estado e o quarto no Brasil. São Valetim do Sul, Travesseiro, Colinas, Relvado, Nova Bréscia, Paverama, Teutônia, Canudos do Vale e Coqueiro Baixo também estão entre os 100 melhores do Brasil.
De acordo com o analista de Estudos Econômicos do Sistema Firjan, Raphael Veríssimo, não só o Vale, mas o Rio Grande do Sul em geral é utilizado como referência nos indicadores de Saúde. “O cenário do Vale do Taquari, que possui municípios pequenos, com poucos habitantes, é mais fácil de direcionar políticas públicas e obter melhores resultados na Saúde. Nos casos de óbitos, por exemplo, onde morrem menos pessoas, é mais fácil de controlar as causas destas mortes”, fala.
Já os indicadores de Emprego e Renda do Vale não são tão bons. Apenas Lajeado, a maior cidade do Vale, com 78.819 habitantes, tem índice entre os 100 melhores do país. Com 0.7674 em Emprego e Renda, indicador considerado como desenvolvimento moderado, Lajeado tem o 3º melhor índice do estado e o 28º do país. “Embora tenham reduzido 1.100 postos de trabalho em Lajeado, a renda dos trabalhadores aumentou, então segurou o indicador de Emprego e Renda do município”, explicou Raphael.
Também é de Lajeado a melhor média entre os indicadores de Educação, Saúde, Emprego e Renda. O Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM) ficou em 0.8789, o melhor do Vale, 2º mellhor do estado e o 6º no país. Além de Lajeado, Muçum, com 5.006 habitantes, é o outro município da região com IFDM entre os 100 melhores do país, com o índice de 0.8559. “Os indicadores de Educação e Saúde seguraram o índice de desenvolvimento desses municípios. Isso foi uma regra em todo o Brasil, os indicadores de Saúde e Educação puxaram os índices para cima, enquanto o Emprego e Renda trouxe os resultados para baixo. Em Muçum, por exemplo, tem uma nota do Ideb muito superior ao resultado nacional, que é de 4,8, Muçum teve 5,4, tem uma taxa de atendimento à educação infantil de 79,9%, o resultado é muito melhor que o do Brasil, que é de erca de 45%”, esclarece o analista de Estudos Econômicos do Sistema Firjan.

TABELA FIRJAN 01 NET

Cresce o Índice de Desenvolvimento Municipal de Taquari:

O IFDM de Taquari, com base no ano de 2016, foi de 0.7348, superior ao do ano anterior, 2015, quando foi de 0.7304. No entanto, mesmo com o aumento no índice, o IFDM de Taquari em 2015 era o 1.228º no Brasil e o 206º no Estado e, em 2016, passou para as posições 1.408º e 238º respectivamente. Os indicadores que tiveram melhores resultados no levantameto de 2016 foram Saúde, que passou de 0.8812 para 0.8961, e Educação, de 0.7988 para 0.8131. Na Saúde, Taquari ocupava a posição 931º no Brasil e 232º no Estado e agora está em 781º e 201º. Na Educação, as posições eram 2.304º no Brasil e 283º no estado e agora são 2.159º e 252º. Já o Emprego e Renda caiu, de 0.5112, em 2015, para 0.4954, em 2016. As posições no ranking nacional e estadual também caíram de 1.346º para 2.005º no nacional e de 179º para 280º no estadual.

Queda em Tabaí:

Em Tabaí, o Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal, com base em 2016, ficou em 0.7092, menor no que no ano anterior, 2015, quando foi de 0.7050. Em 2015, Tabaí ocupava a posição 1.716º no Brasil e 269º no estado e, em 2016, passou para 1943º e 318º. Também houve queda nos índices de Educação, que era de 0.7492 e foi para 0.7315, e Emprego e Renda, que era de 0.5095 e foi para 0.4984. Na Educação, o município foi das posições 3.219º no Brasil e 371º no estado para 3.578º e 413º. No Emprego e Renda, em 2015, Tabaí estava em 1370º no Brasil e 181º no estado e agora está em 1954º e 270º. O único indicador de Tabaí que aumentou foi o de Saúde, que passou de 0.8561 e foi para 0.8977. A posição nos rankings nacional e estadual também aumentou, de 1423º para 763º no país e de 318º para 196º no estado.

Indicador de Emprego e Renda de Fazenda Vilanova é o terceiro pior do Vale:

O índice de Emprego e Renda de Fazenda Vilanova caiu de 0.5616, em 2015, para 0.3274, em 2016. Saindo das posições 861º no país e 123º no estado para 4.804º e 475º. O indicador é considerado baixo desenvolvimento e é o terceiro pior do Vale. Também houve queda no Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal, de 0.7317 para 0.6741. O IFDM de Fazenda Vilanova saiu da posição 1.197º no Brasil e 197º no Estado para a 2.741º e 401º. Já o indicador de Educação aumentou de 0.8233 para 0.8669 e o de Saúde também, de 0.8103 para 0.8282. Na Educação, Fazenda Vilanova saiu das posições 1.833º e 233º e foi para 1.190º e 126º. Na Saúde, o índice passou das posições 2.319º e 403º para 2.149º e 374º.

Saúde:

O índice é baseado em informações do Ministério da Saúde, sendo levada em conta a proporção de atendimento adequado de pré-natal, óbitos por causas mal definidas, óbitos infantis por causas evitáveis, internação sensível à atenção básica (Isab).

Educação:

O cálculo é feito com base em dados do Ministério da Educação, como atendimento à educação infantil, abandono no ensino fundamental, distorção idade-série no ensino fundamental, docentes com ensino superior no ensino fundamental, média de horas-aula diárias no ensino fundamental e resultado do IDEB no ensino fundamental.

Emprego e renda:

As informações consideradas para o cálculo deste índice são do Ministério do Trabalho e Emprego. São levados em conta dados de geração de emprego formal, taxa de formalização do mercado de trabalho, geração de renda, massa salarial real do mercado de trabalho formal e o índice de Gini (aponta a diferença entre os rendimentos dos mais pobres e dos mais ricos ) de desigualdade de renda no trabalho formal.

IFDM:

O Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal consiste na média dos índices de Saúde, Educação e Emprego e Renda.

Alexandra Machado Maria/O Fato Novo