Nesta quarta-feira, dia 22, às 10h30, a Cooperativa Languiru apresentou uma carta de intenções para a empresa chinesa ITG Group, como forma de viabilizar uma aliança. Este é um novo passo da cooperativa de Teutônia na tentativa de se reestruturar da crise financeira pela qual passa.

No evento, a cooperativa reuniu o Conselho de Administração, o Conselho Fiscal, produtores e associados, representantes ITG Group, membros da Ocergs, deputados estaduais e representantes de instituições bancárias como a Cresol, Sicoob, Caixa Econômica Federal, Banrisul, Sicredi e BRDE no Hotel Hilton, em Porto Alegre.

Conforme o presidente da Languiru, Dirceu Bayer, “esse período pós-pandêmico desestruturou toda e qualquer referência que tínhamos do passado e as apostas de investimentos passaram a ter uma variável de risco muito maior”.

Além da pandemia, Bayer citou a Guerra da Ucrânia e a interferência nas importações como os motivos que desencadearam a crise na Cooperativa Languiru. Para o presidente, a persistência mostra o diferencial do cooperativismo. Entretanto, neste momento é necessário formar alianças. A parceria com o grupo chinês envolve a área de suínos, bovinos, rações e aves da cooperativa.

O protocolo de intenção de venda divide a empresa em quatro partes. Caso seja firmada a parceria, o ITG Group adquire 68% do frigorífico de aves, localizado em Westfália; 51% do abatedouro de suínos de Daltro Filho, Imigrante; 80% frigorífico de bovinos entre Estrela e Teutônia, e 51% da fábrica de rações, em Estrela.

Liping Huang, representante da ITG Group, afirmou que a parceria será importante para ambas as empresas: “Queremos crescer junto com a Languiru e entrar em mais mercados”.

Essa iniciativa de negociação com chineses é contestada por associados, que pedem maior participação nas decisões da empresa e dizem não ser consultados pela direção sobre os rumos tomados para a cooperativa em sua reestruturação.