Governo do Estado acumula R$ 180 milhões em dívidas com hospitais filantrópicos

Os pagamentos de programas dos meses de março, abril, maio, outubro e novembro de 2016 não foram repassados. Pagamento da folha de funcionários está comprometido.

Por Clic Paverama
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O ano de 2017 inicia crítico para as 245 Santas Casas e Hospitais Filantrópicos do Rio Grande do Sul. Com a falta de repasses de cinco meses de programas específicos (R$ 36 milhões/mês) por parte do Governo do Estado, diversas instituições estão apresentando problemas para o cumprimento de obrigações.

Pesquisa realizada nesta semana pela Federação das Santas Casas do Rio Grande do Sul junto aos hospitais associados, traduz a realidade brutal para a saúde púbica do Estado. Segundo o levantamento, 60% das instituições não têm como pagar a folha de dezembro que vencerá no quinto dia útil do mês, 39% estão com pagamento de férias atrasadas, 27% ainda não cumpriu com o pagamento do 13º salário e 42% estão com salários de outros meses atrasados.

“Na região do Vale do Taquari, vários hospitais possuem valores a receber, especificamente dos programas de Saúde Mental, Porta de Entrada, Leitos de UTI e Ambulatório de Cirurgias Eletivas. Se não houver algum repasse do Governo do Estado nesta semana, além do não pagamento da folha dos funcionários em alguns hospitais, serviços poderão ser suspensos na região, assim como em todo o Estado. No Hospital Ouro Branco, o valor vencido referente a este período de 2016 é de R$ 1.195.120,00, além da competência de dezembro que deverá ser paga ainda em janeiro, totalizando então R$ 1.493.900,00”, destaca o presidente da Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes, Religiosos e Filantrópicos do Rio Grande do Sul, André Lagemann, diretor executivo do HOB, de Teutônia.

A entidade que representa os hospitais que atendem mais de 70% do SUS no Rio Grande do Sul e empregam 60 mil trabalhadores aguarda uma posição oficial da Secretaria Estadual da Saúde acerca da quitação da dívida.

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