#GenteDaqui: "Se não faço tudo que amo, amo tudo que faço"

Conheça Vini Bilhar, natural de Paverama, e que vivencia a música desde os 8 anos de idade. Atualmente o músico tem um trabalho consolidado no meio pop rock tocando em barzinhos e eventos.

03/05/2019

Por Clic Paverama | contato@clicpaverama.com.br | Clic do Vale
Em Paverama

Natural de Paverama, o músico e compositor Marcos Vinicius Bilhar, mais conhecido como Vini Bilhar está com uma nova música de trabalho, a canção "Então Ficou". O som vem se propagando através das redes sociais recebendo muitos compartilhamentos através de grupos no aplicativo whatsapp.

Vini é um músico conhecido no Vale do Taquari. Com agenda cheia, costuma levar seu talento a barzinhos, eventos e festas da região, sempre com muito alto astral. O paveramense tem passagens por diversas bandas e ao longo de sua trajetório no cenário musical gravou várias canções. O portal Clic Paverama, o Clic do Vale bateu um papo com o músico que contou um pouco de sua vida e trajetória no meio músical.

Quem é Vini Bilhar?

Eu sou tu, sou eu, sou meus pais, minhas irmãs, meus cunhados, meus sobrinhos, meus afilhados, meus amigos, quem me acompanha, quem não gosta das minhas músicas, quem gosta, quem vai escutar, quem vai me apoiar, quem não, meus colegas de trabalho na Strada Concretos....sou tudo isso! Somos todos feitos da mesma essência. Buscamos o melhor. Buscamos uma felicidade que vive sobre uma linha tênue das dúvidas, incertezas, motivação, frustrações e sonhos.

O Vini Bilhar vive em busca. Todos vivemos. Vivo pela motivação. Se não faço tudo que amo, amo tudo que faço. Há uma idade pra tudo na vida. A gente pode viver o que quiser. Mas chega um momento que você terá o discernimento de optar pelo que te faz bem. Eu vivo em torno de pessoas que me querem bem. E isso sou um privilegiado. Somo feitos do amor pelo que fizemos. E o mesmo sangue de quem está lendo essa entrevista. E se puder dar uma dica, não é conselho, é dica. Tratem a todos com humildade e empatia. Assim, a gente consegue perceber que somos todos iguais. Cada um carrega sua dor e sua alegria. Não somos iguais em sonhos, desejos e buscas. Mas somos idênticos em nossa essência: a busca pela felicidade. Sempre!

Fale sobre sua carreira, por quais bandas e projetos passou:

Com escrevi, comecei muito cedo. Cantei em corais e muito em missas. E passei por muitas bandas, e corro o risco de esquecer algumas. Mas de relevância foi a Capitão Caverna, entre 2000 e 2003,em Lajeado, onde gravamos, viajamos e éramos muito conhecidos. Então tive um hiato grande. Mas em 2010 tive uma experiência fantástica. Foram poucos Shows, mas cantei com a Rock and Roll Orquestra. Simplesmente Fantástico. Era uma Big Band. Em seguida veio a Cadilac, onde me aprofundei no Rock. Era uma banda muito conhecida em todo o estado. Viajamos muito pra todo o lado em encontros de carros antigos, motociclistas e eventos do gênero. Até chegar então a Rock and Beer. Nos projetamos muito também em eventos de cerveja artesanal. Tinhamos um repertório diferenciado. O que nos trouxe muitos shows. A banda segue até hoje. Me desliguei em dezembro. E pra mim um dos momentos mais bacana foi gravar com os guris de Paverama, com a banda Gigantes, em 2008. Maikinho na bateria, Caciano no baixo e João na guitarra. Ainda tivemos o Dani, que não pode continuar, mas que ajudou muito nos arranjos. Gravamos um cd com 10 faixas, todas minhas canções inéditas, e penso que foi marcante para os guris, como foi pra mim.

Você está com uma música nova nas redes sociais, recebi no whatsapp, fale-nos sobre esse trabalho?

Sim, é um trabalho novo. Letra e música minha a produção e arranjos de Matheus Stoll e Lucas Welp. O Matheus está em Goiania gravando e produzindo com grandes nomes da musica sertaneja. É um dos maiores sanfoneiros e gaiteiros da atualidade. Grava com nomes como Naiara Azevedo, Munhoz e Mariano e outros. Ele é de Marques de Souza. Um grande cara. E o Lucas Welp é um irmão que a música me deu. Além de, pra mim, ser o maior guitarrista que temos aqui na região, além de ser um grande professor de música. E de uma humildade espantosa, pelo talento que tem. Ou seja, um cara admirável.  Então reuni os dois e saiu a canção. É um trabalho avulso, mas o primeiro de muitos que chegarão ainda. Estou compondo bastante e sempre buscando parcerias.

Já são quantos anos trabalhando com música e quais seus projetos atuais?

Eu estudo musica desde os oito anos. Pelas mãos do professor Dothan Erbes, que possibilitou que muitos paveramenses, como eu, desenvolvesse o gosto pela música. Eu comecei a tocar em bares aos 16 anos. De lá pra cá foram CTGs, Bandas, trabalhos solos, o Cd gravado em 2008 com os guris ai de Paverama, Igreja , cerimoniais...ou seja. Bagagem não falta. E agora percebo um amadurecimento pra novos passos. E os projetos são esses. Voltei a estudar música, arranjos e técnica vocal e estou compondo muito. Então vem coisa boa por aí. A música te permite isso. Experimentar. E é o que faço. Felizmente me fiz conhecido por um estilo de música e nunca me desviei do caminho. Isso acabou me dando uma identidade.

Quando percebeu que tinha talento para a música?

Acredito que muitas pessoas nascem com talento pra uma série de atividades. Porém o talento precedo estudo, dedicação, pesquisa. Eu não considero que nasci com esse talento todo. Mas sempre busquei muito. E sempre tive muita facilidade de comunicação, que ajuda muito quando você sobe ao palco. E isso acontece quando o público é de 10 pessoas, ou 4 mil pessoas. Então, de fato, talento por si só é importante, mas a dedicação tem que acompanhar. Tem que buscar, atualiza-se e dedicar-se ao máximo. Isso é fundamental.

Sua agenda está sempre cheia, és acostumado a tocar em "barzinhos" fazendo voz e violão, como é esse contato com o público?

Isso é o mais bacana. Sai em dezembro da Rock na Beer, depois de três anos. Foi uma super tour, shows lotados, grandes contatos, amigos...Mas eu sempre gostei de uma relação mais próxima. Parece loucura, mas eu gosto mais de tocar para um publico menor, do que os que a banda estava proporcionando. Esse contato é demais. Percebo que as pessoas apreciam mais o que faço no solo. Posso brincar, escolher a musica exata para cada momento das 2hrs e 30 min de apresentação, posso interagir. Claro. Sinto falta da energia dos grandes palcos. E inclusive estou montando algo alternativo pra voltar. Mas de fato, escolhi me dedicar a esse segmento por essa relação com o publico.

 

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