A Polêmica dos Celulares na Infância: como o uso excessivo impacta o desenvolvimento e a comunicação

Gisele Schaurich Rezende, da Clínica Multiprofissional Synapser, explica como o uso excessivo de celulares impacta o desenvolvimento infantil

22/08/2025

Por @ClicdoVale | contato@clicdovale.com.br
Em Saúde e Bem-estar

Pesquisas mostram que crianças entre 2 e 3 anos que passam mais de uma hora por dia usando dispositivos móveis apresentam desempenho inferior em testes de compreensão e expressão da linguagem. O risco de dificuldades chega a 42% na compreensão e 46% na expressão, em comparação com crianças com tempo de tela limitado.

Um estudo com cerca de 28 mil pré-escolares indicou que crianças expostas a telas por duas ou mais horas diárias têm 1,5 a 2,3 vezes mais chances de apresentar distúrbios de fala e quase o dobro de probabilidade de desenvolver algum tipo de deficiência de aprendizagem.

Interação prejudicada: a perda do “tempo de fala” com o cuidador:

Pesquisas da Universidade do Texas revelaram que, quando mães utilizam o celular, a quantidade de fala dirigida ao bebê diminui em média 16%, chegando a 26% em períodos curtos de uso (1 a 2 minutos).

Estudos australianos confirmam que o uso excessivo de telas reduz significativamente o número de palavras que a criança ouve e suas vocalizações — fenômeno conhecido como “technoference”.

Déficits motores, sociais e emocionais pela falta de interação real:

O tempo excessivo de tela compromete áreas essenciais do desenvolvimento infantil. Crianças que passam muito tempo com dispositivos móveis podem ter dificuldade para sentar-se corretamente, segurar lápis e realizar atividades motoras básicas.

Além disso, o uso frequente de smartphones está associado a isolamento, frustração e menor empatia, prejudicando a capacidade de interação face a face.

Como podemos agir? Estratégias baseadas na ciência:

  • Limitar o tempo de tela: evitar mais de 1 hora diária para crianças pequenas, conforme recomendação da Academia Americana de Pediatria.
  • Priorizar leitura e conversa: a leitura frequente fortalece a compreensão da linguagem e serve como proteção contra os efeitos negativos das telas.
  • Promover brincadeiras presenciais: atividades físicas e interação real fortalecem conexões cerebrais, motoras e emocionais.
  • Reduzir a “technoference”: evitar o uso do celular na presença dos filhos, principalmente durante interações diretas.

Sobre a autora e a Clínica Multiprofissional Synapser:

Com mais de uma década de atuação, a Clínica Multiprofissional Synapser oferece serviços integrados em saúde com uma equipe qualificada e atendimento humanizado.

Sob coordenação da fonoaudióloga Gisele Schaurich Rezende, sócia-proprietária, a clínica atua em diversas especialidades para cuidar de forma integral dos seus pacientes, garantindo acompanhamento especializado no desenvolvimento infantil e na comunicação.

Conheça os serviços da Clínica Multiprofissional Synapser, fone: (51) 99977-3190.

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