Com a chegada do final do ano, uma das principais dúvidas de uma parcela da população é a possível prorrogação do Auxílio Emergencial em 2021. O benefício alcançou 67,8 milhões de pessoas, de acordo com relatório Artigo IV do Fundo Monetário Internacional (FMI) emitido nesta sexta-feira, 4 de dezembro.

A última informação oficial sobre a prorrogação do benefício foi a fala do ministro da Economia, Paulo Guedes, que afirmou que Auxílio Emergencial será prorrogado se houver segunda onda de Covid-19. A declaração foi feita no dia 12 de novembro, durante teleconferência da Associação Brasileira de Supermercados (Abras).

Ainda segundo o documento divulgado anualmente pela instituição financeira, o benefício que atingiu cerca de um terço da população superou os impactos negativos gerados pela paralisação da atividade econômica. O investimento no programa passa de R$ 260 bilhões.

Valor reduzido?

Durante videoconferência promovida pelas plataformas de investimentos Empiricus e Vitreo, o ministro também falou sobre o Auxílio e conjecturou um possível cenário que contemple nova prorrogação. 

“Os fatos são que a doença cedeu bastante e a economia voltou com muita força. Então, do ponto de vista do governo, não existe a prorrogação do auxílio emergencial”

Segundo ele, o Auxílio poderia ter uma duração de até um ano se o valor das parcelas fosse menor, de R$ 200. Paulo Guedes afirmou que existe uma pressão política para que o benefício seja estendido por mais tempo, ou seja, até 2021.

Pressão da Oposição:

Como adiantado pela reportagem do Clic Camaquã no mês de novembro, um dos fatores que pode ser determinante para a prorrogação é a pressão exercida por opositores do Governo. Deputados de oposição declararam ser favoráveis à MP do Incra (933/20), mas apresentaram obstrução para pressionar pela votação da Medida Provisória 1000/20, que prorroga o auxílio emergencial até dezembro, porém com valor reduzido de R$ 600 para R$ 300. A ideia deles é tentar conseguir, por emendas, restabelecer o valor original do benefício.

"Além de reduzir o auxílio emergencial, o governo Bolsonaro entende que a pandemia acaba em 31 de dezembro. Como se a miséria não estivesse distribuída em todo o Brasil", protestou o líder do PT, Enio Verri (PR).