Hora da Saúde Mental por Marina Souto Ferreira

O bem mais precioso, a vida!

Devido aos últimos acontecimentos, resolvi mudar o curso da coluna ainda no mês de Abril, no qual eu havia me comprometido em trazer assuntos sobre o Autismo. Mas no momento, e percebendo a situação de toda a comunidade, acredito que seja interessante um novo assunto.

Minha coluna é voltada para a Saúde mental, e em situações de catástrofes sinto que a psicologia de urgência e emergência é fundamental nessas horas, para dar apoio e acolher em momentos em que tudo desmorona, tudo vai embora, literalmente. Percebo uma comunidade trabalhadora, que busca construir a vida, a casa e toda família. Percebo pais preocupados em garantir o teto de seus filhos, e ao ver que isso tudo pode ir embora com a força da água, pode abalar nosso emocional.

E como não nos abalar? Se fomos educados e passamos a acreditar e existir para viver em prol de construir bens materiais, fator de muita ansiedade. No entanto, quais são os bens mais preciosos, quando temos que escolher o que salvar, o que fica e o que vamos levar? Qual o peso que conseguimos carregar? Será que temos com quem contar?

Nos damos de conta que a vida é o bem mais precioso.  A nossa vida e a vida de quem amamos. Carregamos isso então. A vida. Nem mais e nem menos do que ela pode nos oferecer no momento, pois a vida é o que ela tem condição de ser. E na maioria das vezes, não está em nossas mãos o que irá acontecer. Mas sim, somos capazes de decidir o que faremos a partir daquilo que a vida nos apresentar.

O que vamos pensar, e escolher fazer. Assim, podemos sentir a liberdade da vida, dentro de todas as suas condições limitantes. Ainda que fôssemos prisioneiros de guerras, sem nada que nos pertença, ainda podemos pertencer a nós mesmos e termos liberdade de pensar o que quisermos.

Não um pensar positivo de forma tóxica que não permite a existência da tristeza, tão importante para nossa sobrevivência. Mas sim, como esperança, do verbo esperançar, se é verbo, compreendemos que seja ação. Então, se eu tiver um conselho para a comunidade neste momento, que seja esperançar, valorizar o bem mais precioso, a vida.  

Eu sou Marina, sou psicóloga e espero ter contribuído em sua vida!

Formada em psicologia em 2019 Marina realizou especializações em Saúde Mental e Atenção Psicossocial, Educação Especial e Avaliação Psicológica e atualmente se dedica aos estudos da Neuropsicologia e ABA aplicada para o Transtorno do Espectro Autista e Deficiência Intelectual. Tem experiência também no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) e  com atendimentos clínicos para diversos públicos, em especial para Transtornos do Neurodesenvolvimento.

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